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Por Mayara Abreu, para a Cobertura NINJA na COP26

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas conta com a maior delegação indígena de toda história. Ao todo 40 representantes de vários povos originários do Brasil marcam presença para acompanhar de perto os desdobramentos da COP26. E ainda, denunciar o desgoverno brasileiro e pressionar líderes dos países que verticalmente tomam decisões que impactam em seus territórios.

Integrando comitiva, a liderança Alessandra Korap, do povo Munduruku, disse que os indígenas estão em Glasgow para falar da Amazônia, dos seus territórios. “E para desmascarar o governo que chega aqui e diz que está defendendo o meio ambiente, que está defendendo os povos indígenas. Isso é mentira, eles nunca defenderam. Se fosse para defender o clima, eles demarcavam terra indígena. Estamos aqui para contrapor esse governo genocida”, disse ela.

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A Coalizão Negra por Direitos, a qual reúne mais de 250 organizações, movimentos sociais de base e pesquisadoras negras do Brasil, também embarca na COP26, assim como representantes de comunidades tradicionais que integram comitiva da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Eles estão lá para denunciar ao mundo questões de vulnerabilidade social do povo negro e defender ao mundo a importância das comunidades na conservação de territórios e assim, em contraponto ao desmatamento e emissões de gases de efeito estufa.

Representantes da Coalizão Negra e Conaq também participam ativamente de agendas na conferência (Mídia Ninja)

É importante dizer que mais do que nunca a voz dos indígenas, extrativistas, quilombolas e ribeirinhos precisam ser ouvida. Levando em consideração, que é impossível pensar no bem-estar do meio ambiente sem destacar os saberes e contribuições desses povos na cura do planeta.

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