O objetivo é evitar submeter os animais vertebrados a experimentos que já possuem eficácia comprovada

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O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, decidiu proibir o uso de animais vertebrados, exceto seres humanos, em pesquisa científica e no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, em que seus processos envolvam ingredientes e compostos que já possuem segurança e eficácia comprovadas cientificamente.

“Vejo um avanço importante na pauta que há anos é levantada, tanto pelos defensores dos animais quanto pelos defensores do veganismo, que diante de tantos avanços na ciência é incompreensível que tenhamos um modelo tão arcaico que ainda existam testes em animais”, afirma Isadora Stentzler para a Mídia NINJA.

Isadora, que também é jornalista com larga atuação na defesa da causa animal, mãe da Emma e do Ernesto, afirma que ficou feliz com a decisão do Concea. “Podemos conciliar tudo isso. Temos tecnologia suficiente para agir para proteção destes seres vivos”, complementa a jornalista.

A jornalista Isadora Stentzler segura sua gata Emma. Foto: arquivo pessoal

Os estudos com formulações e ingredientes sem segurança ou eficácia comprovadas serão obrigados a adotar métodos alternativos. Ou seja, só poderão realizar experiências em animais vertebrados quando não existirem recursos alternativos reconhecidos, como a cultura de células e tecidos.

A decisão do órgão, que é responsável por regulamentar experimentos com animais no país, já está em vigor e foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (1º).

*Com informações do G1