O valor do que foi destruído é incalculável por conta da história que ele representa, diz o comunicado do Palácio do Planalto

Relógio de Balthazar Martinot

Uma lista com obras de arte que foram danificadas durante a invasão terrorista em Brasília foi divulgada nesta segunda-feira (9), pelo Palácio do Planalto. São obras estimadas em milhões de reais e possuem valor histórico inestimável. Segundo o governo, ainda não foi feito um levantamento “minucioso” das peças destruídas, mas a avaliação preliminar mostra que pinturas, esculturas e peças de mobiliário foram gravemente danificadas.

“Os terroristas que invadiram o Palácio do Planalto neste domingo vandalizaram e destruíram parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que representa um capítulo importante da história nacional”, diz trecho da nota.

Entre os itens destruídos, está a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, cujo preço estimado é de R$ 8 milhões.

Confira a lista de obras até o momento.

O crucifixo pendurado no Supremo Tribunal Federal feito em 1961 por Alfredo Ceschiatti arrancado da parede

 

Obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, de 1995

 

Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck

 

A escultura “A Bailarina”, de Victor Brecheret, foi furtada da Câmara dos Deputados.

 

A escultura “Vênus Apocalíptica”, feita em gesso pela argentina Marta Minujín, levada para o lado de fora do Planalto.

 

Relógio de Balthazar Martinot

 

Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues

 

Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg

 

Obra “O Flautista”, de Bruno Jorge

 

Obra “As mulatas”, de Di Cavalcanti

 

Galeria dos ex-presidentes

O diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, diz que será possível realizar a recuperação da maioria das obras vandalizadas, mas estima como “muito difícil” a restauração do Relógio de Balthazar Martinot.

“O valor do que foi destruído é incalculável por conta da história que ele representa. O conjunto do acervo é a representação de todos os presidentes que representaram o povo brasileiro durante este longo período que começa com JK. É este o seu valor histórico”, comenta Carvalho. “Do ponto de vista artístico, o Planalto certamente reúne um dos mais importantes acervos do país, especialmente do Modernismo Brasileiro.”

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