Local é onde o congolês Moïse Kabagambe foi espancado até a morte, na orla da Barra da Tijuca

Foto: Rebeca Belchior

A comunidade africana e outros manifestantes presentes em ato antirracista no Rio de Janeiro, neste sábado (5), arrancaram a placa do Quiosque Tropicália onde o congolês Moïse Kabagambe foi espancado até a morte. O ato do Rio de Janeiro se soma a outras manifestações em diferentes cidades do Brasil em justiça por Moïse.

A mãe de Moïse, Lotsove Lolo Lavy Ivone, de 43 anos, também esteve com a família na manifestação do Rio e pediu paz no ato: “Eu peço calma, que seja um ato pacífico. Nós só queremos justiça por Moïse ate o final. Justiça até o final”. A família de Moïse terá a concessão da área comercial onde está o quiosque Tropicália conforme nota divulgada pela prefeitura de São Paulo. O local será transformado em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana.

Desde que a concessão do quiosque foi suspensa pela prefeitura, manifestantes reforçaram nas redes a necessidade de políticas efetivas no Rio de Janeiro contra o genocídio negro. Somente em ações policiais, o número de pessoas pretas é 4,7% maior que o de pessoas brancas no estado, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). 86% dos mortos em ações policiais no RJ são negros, apesar do grupo representar 51,7% da população, de acordo com levantamento feito pela Rede de Observatórios da Segurança.