Foto: Víctor Carreira / TELAM

Ainda que o isolamento seja colocado todos os dias como uma medida muito importante para ajudar a evitar o contágio maior do novo coronavírus, recomendado pela Organização Mundial da Saúde e adotado pelos países, muita gente ainda insiste em sair e quebrar a medida.

Algumas pessoas pensam que nada vai acontecer com elas, se esquecendo que, mesmo que não fiquem doentes, podem ser um agente de transmissão e infectar outras pessoas; ou ainda que tudo bem ficar doente, “vou adquirir imunidade”. Outras pessoas ficam ansiosas por não saber o que vai acontecer. De certa forma, ainda não sabemos exatamente como lidar com a pandemia – por mais que tenhamos ciência de que é preciso se cuidar, lavar as mãos e evitar contato e aglomerações.

Um modo de lidar com essa ansiedade é buscando comparativos com outras situações, como guerras e outras pandemias, mesmo que parte da geração que está vivendo a crise do coronavírus não tenha vivido outras crises do mesmo patamar.

Já que não podemos comparar com outros momentos passados não vividos, uma alternativa é pensar no que o futuro vai nos dizer. Podemos fazer escolhas melhores agora para que mais a frente, não haja arrependimentos e a gente possa encontrar formas melhores de lidar com outra crise. Aprender com os erros e acertos.

Como então ajudar as pessoas a entenderem que furar o isolamento é um risco, que pode não parecer ruim agora, mas traz consequências futuras?

Um ponto pode ser mostrar as pessoas próximas o quanto é essencial pensar na solidariedade. Eu me cuido e assim cuido dos outros. Pode parecer pequeno mas faz uma diferença enorme. Um segundo ponto é mostrar que nesse momento, é possível aproveitar o tempo: faça algo que você gostaria e antes não tinha possibilidade – ler, descansar, cuidar da sua saúde mental, do corpo, aprender a cozinhar um prato novo. Opções são muitas, inclusive de não fazer nada (não é uma corrida de produtividade ou de quem é o mais criativo).

E também apelar para o lado mais emocional: quero colocar as pessoas que amo em risco? Ser um exemplo de quem cumpre o isolamento pode provocar seus amigos e familiares a também entenderem que agora, a hora é de fazer nossa parte: ficar em casa e ajudar a não espalhar mais o vírus.