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Eleito num discurso de que passaria o Brasil a limpo, o presidente Jair Bolsonaro está numa sinuca de bico para explicar as suspeitas de corrupção dentro do seu próprio núcleo familiar. Quase dois anos após eleito, quatro filhos — Flávio, Eduardo, Carlos e Renan — estão sob investigação da Justiça e da Polícia Federal.

O caso mais recente envolve o filho mais novo do presidente: Renan Bolsonaro. A Polícia Federal abriu, na segunda (15), um inquérito para apurar negócios envolvendo o 04. O alvo, segundo a Folha de S. Paulo, é uma empresa de Renan que tem relações com o governo federal. O 04 teria a missão de abrir portas no Executivo.

O filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, é acusado de comandar um esquema de desvio de dinheiro público usando funcionários fantasmas quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Pelas investigações, ele receberia boa parte dos salários de pessoas empregadas em seu gabinete. Os recursos teriam sido lavados em uma loja de chocolates, que foi vendida para que Flávio pagasse parte da entrada da mansão que comprou em Brasília por quase R$ 6 milhões.

O mesmo esquema de rachadinhas, com funcionários fantasmas, é investigado no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara Legislativa do Rio de Janeiro. O Ministério Público já levantou uma série de informações. Reportagem do Uol dessa segunda (15) aponta inclusive que o mesmo esquema também foi usado no gabinete de Jair Bolsonaro, quando deputado federal em Brasília.

O deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, é alvo de um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a disseminação de notícias falsas contra autoridades e o financiamento de atos antidemocráticos. As investigações estão a cargo da Polícia Federal.

Todas essas investigações têm tirado o sono do presidente da República, que ora responde jornalistas com grosserias, ora encerra coletivas de imprensa a fim de fugir das perguntas incômodas.