Mulheres ainda são minoria no comando de produções animadas

Foto: Divulgação/“Òrun Àiyé – a criação do mundo”

Um estudo da USC Annenberg Inclusion Initiative, divulgado em 2019, trazia o dado de que apenas 3% das animações produzidas entre 2007 até o ano da publicação, eram dirigidas por mulheres.

A falta de diversidade também se reflete nas narrativas apresentadas. De acordo com a Rolling Stone Brasil, entre 2007 e 2018, apenas 17% dos filmes de maior bilheteria tinham histórias sobre personagens femininas, e apenas três representavam uma mulher não-branca como protagonista.

No Cine NINJA Indica desta sexta-feira (22), apresentamos cinco animações realizadas por diretoras mulheres. Assista, prestigie, curta e divulgue o cinema feito por ELAS!

“Òrun Àiyé – a criação do mundo” (2015)

Direção: Jamile Coelho, Cintia Maria
Onde assistir: Itaú Cultural Play

Quando começaram a desenvolver este curta, as diretoras Jamile Coelho e Cintia Maria pensavam em fazer uma animação experimental e sem diálogos. O projeto foi mudando até finalmente chegar à história de uma criança que ouve o avô narrar a criação do mundo pelos orixás. Como resultado, tanto o público adulto quanto o infantil puderam ser contemplados pelo filme.

“Bao” (2018)

Direção: Domee Shi
Onde assistir: Disney+

Sofrendo com a ausência do filho, uma mãe volta a ver sentido na vida quando um dos bolinhos que preparou ganha vida. Ela então começa a cuidar da criatura dando-lhe todo o amor e carinho. Mas, de forma inesperada, ele cresce e ganha independência, deixando sua criadora triste mais uma vez.

“Guaxuma” (2018)

Direção: Nara Normande
Onde assistir: Vimeo

Neste curta autobiográfico, a diretora Nara Normande relembra os anos que passou na Praia de Guaxuma, em Alagoas, e a relação com sua melhor amiga, Tayra. Utilizando diferentes técnicas de animação e emprestando sua própria voz à narração, ela recria o universo da infância e aborda temas como amizade, amadurecimento, memória e perda.

“Menina da Chuva” (2010)

Direção: Rosaria
Onde assistir: Itaú Cultural Play; Vimeo

A cor tem papel narrativo fundamental neste curta de apenas seis minutos, que, sem utilizar diálogos, diz muito sobre o processo de descoberta da própria identidade. No universo do filme, todas as interações se dão apenas entre personagens e objetos de uma mesma cor, o que representa um problema para a carismática menina do título. Sem encontrar crianças, brinquedos e espaços que se pareçam com ela, a protagonista sente-se sozinha e incapaz de pertencer a qualquer lugar. Até que uma mudança no tempo traz novas possibilidades.

Trailer indisponível.

“A Ganha-Pão” (2017)

Direção: Nora Twomey
Onde assistir: Prime Video

Uma corajosa afegã de 11 anos se passa por menino e encara o trabalho pesado para sustentar sua família após a prisão do pai.