Segundo Cavaliere, o município do Rio investirá em saneamento e na mudança na matriz energética de veículos (Mídia Ninja)
Bruna Obadowski, da Cobertura NINJA na COP26
Em entrevista à MÍDIA NINJA, o Secretário Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro e atual Coordenador do Fórum de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras – CB27, Eduardo Cavaliere, comentou sobre a importância das cidades na solução às mudanças climáticas.
Segundo ele, que está em Glasgow para a 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima, a COP 26, as cidades são fundamentais para o cumprimento das metas assumidas pelos países, em especial o Brasil que assumiu reduzir as emissões de gases do efeito estufa pela metade até 2030 e zerar desmatamento até 2028.
Eduardo avalia que as cidades passaram a assumir um compromisso necessário, antes mesmo do posicionamento do governo federal, que tem se afastado da agenda do meio ambiente. “Muitas capitais já assumiram seus compromissos de neutralização até 2050 antes dessa patinada do governo federal”, reforçou. Ele se refere à pedala climática.
Como um caminho possível na contenção do avanço do aquecimento global, Eduardo citou a cidade do Rio. “Há três dias foi publicado o resultado dos últimos sete anos de pesquisa. O Rio já reduziu 14% das emissões”, lembrou ao mencionar o inventário de gases de efeito estufa (GEE) publicado pela prefeitura do Rio de Janeiro.
O inventário apontou que as emissões da capital têm caído, ano a ano, desde 2015, depois de terem atingido um pico de 23,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2014. O inventário revelou ainda que o crescimento populacional dos últimos anos esteve acompanhado de menos emissão de carbono. De 2012 a 2019 houve uma queda significativa de 14% das emissões de dióxido de carbono-equivalente na cidade. O setor de transportes puxou a queda, com decréscimo de 24 % nos últimos sete anos.
Como meta, o Rio de Janeiro renovou o compromisso de reduzir as emissões em 20% até 2030, com base em dados de 2017. Para isso, a cidade envolverá investimento em saneamento e na mudança na matriz energética de veículos, por exemplo. Além do Rio de Janeiro, outras sete capitais também assumiram o compromisso de reduzir as emissões de carbono até 2030.
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