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O episódio do programa Big Brother Brasil 22, que apontou mais um ato de transfobia contra Linn da Quebrada, gerou debates dentro e fora da casa. Um trecho do programa de podcast Tarja Preta FM, que circula nas redes, mostra uma sequência de falas transfóbicas contra a cantora e contra toda a população trans e travestis. O programa se soma a uma série de mensagens discriminatórias que circularam durante toda a quinta-feira (24).

Em um momento do programa Tarja Preta, Lina foi chamada de “troço” pela apresentadora Bianca em debate com deboches entre os colegas Robert Kifer, Arthur Petry e Kaio D’Elaqua. Em vários momentos, eles também se referem a travestis como “traveco”, mesmo sinalizando que é preconceito.

“Eu acho que tem que parar de chamar travesti de ela. Começa a chamar de ‘troço’ que aí ninguém vai reclamar”, disse Bianca, rindo. “Se você me chamar de ele, eu só ia falar ‘eu não sou ele’, mas o troço lá fica bravo”, complementou. Bianca, contudo, é uma mulher cisgênero.

Em outro momento, Bianca pede ao apresentador: “Robert, você tem amigo travesti? A gente pode ligar pra um deles?”. E Robert responde: “Se tiver algum traveco ouvindo esse programa, falo com uma voz engraçada que não soa homofóbico, manda uma mensagem que a gente liga e conversa”.

Várias mensagens na web pedem ao Youtube que o programa seja imediatamente retirado do ar. A jornalistas, a equipe que assessora Linn da Quebrada diz que tomará as medidas judiciais cabíveis. Muitos usuários nas redes também publicaram outro vídeo do apresentador Arthur Petry, que faz falas ofensivas e preconceituosas: “voltem para o mundo da heterossexualidade cis, é a melhor de todas. É a menos confusa, mais objetiva, mais certeira. Mulher com buc*ta, homem com pau”.