Um ano após os eventos que marcaram a invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, a desaprovação aos atos do dia 8 de janeiro chega a 89% dos entrevistados, conforme aponta a mais recente pesquisa Genial/Quaest divulgada no último domingo. Em fevereiro, esse índice era de 94%.

Desaprovação regional

A pesquisa aborda diferentes recortes, como a análise por região. Ainda que haja uma variação mínima, a desaprovação persiste de forma consistente em todas as partes do país. No Nordeste, por exemplo, 91% dos entrevistados desaprovam os eventos, enquanto no Sudeste, a desaprovação é de 89%. Na região Sul, 87% manifestam desaprovação, e no Centro-Oeste/Norte, 90%.

Opiniões sobre a influência de Bolsonaro

Quando questionados sobre a possível influência do ex-presidente Jair Bolsonaro nos eventos de 8 de janeiro, 47% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro teve algum tipo de influência, enquanto 43% discordam. Esse é um ponto de considerável divisão entre os entrevistados, com 10% afirmando não saber ou não responder à pergunta.

Recorte social

A pesquisa também revela divergências significativas ao analisar os dados por escolaridade e renda familiar. A desaprovação aos eventos é maior entre aqueles com Ensino Superior incompleto ou mais (91%), em comparação com os que possuem apenas o Ensino Médio completo ou incompleto (90%) e até o Ensino Fundamental (88%).

Na análise por renda familiar, a desaprovação varia entre os estratos, mas se mantém majoritária em todos. Entre aqueles com renda de até 2 salários-mínimos, 89% desaprovam, enquanto nos estratos entre 2 e 5 salários-mínimos e mais de 5 salários-mínimos, a desaprovação é de 89% e 91%, respectivamente.

Relação com o governo Lula e o voto no 2º Turno

A pesquisa também procurou entender como a opinião sobre os eventos de 8 de janeiro se relaciona com a avaliação do governo do presidente Lula. Os resultados indicam uma correlação, já que 93% daqueles que avaliam positivamente o governo Lula desaprovam os eventos. A correlação é menor entre os que têm uma avaliação negativa do governo Lula, com 82% de desaprovação.