O Brasil abriga 3,9 milhões de pessoas divididas em 13.297 áreas de risco, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os mais impactados, devido ao fator geológico de relevo, caracterizado por terrenos inclinados e áreas montanhosas.

O Serviço Geológico do Brasil disponibiliza um mapa online para prevenção de desastres, caracterizando áreas propensas a eventos geológicos adversos. Contudo, o mapeamento abrange apenas 1.600 cidades, deixando lacunas em regiões não cartografadas. A prevenção de desastres inclui medidas como monitoramento, alertas e políticas públicas para ordenamento territorial. O desafio reside na persuasão de residentes em áreas de risco, como evidenciado pelo recente desastre no litoral norte de São Paulo, onde fortes chuvas resultaram em tragédias na metrópole.

Números do Serviço Geológico revelam que 9.497 áreas são consideradas de “risco alto” e 4.078 de “risco muito alto”, com deslizamentos e inundação sendo os principais problemas. Santa Catarina e Minas Gerais lideram a lista de estados com maior número de áreas de risco. Diante da resistência dos moradores em deixar áreas perigosas, o governo acionou a Justiça para autorizar a remoção compulsória dessas pessoas.

Um levantamento da Contas Abertas revela que o orçamento federal para gestão de riscos e desastres é o menor em 14 anos, totalizando R$ 1,17 bilhão para ações preventivas e emergenciais. Isso inclui obras de contenção de encostas, drenagem e estudos de áreas de risco.

Devido à limitação desse orçamento, o governo federal oficializou a transferência de R$ 7 milhões para São Sebastião, a cidade mais atingida pelo recente temporal no litoral norte de São Paulo. Esses recursos são destinados a ações de resposta ao desastre lá ocorrido e a possíveis novas ocorrências.

Com informações do G1/Agência Brasil