Foto: Daniel Chetroni

Mesmo com as vacinas de combate ao novo coronavírus em proceso de testes e desenvolvimento, os países mais ricos do mundo, que têm apenas 13% da população mundial, já compraram 51% delas.

Enquanto isso, os países que servem de palco para testes de empresas de todo o mundo, como o Brasil, não têm a garantia de que receberão as primeiras doses da vacina, segundo alerta a Oxfam Brasil.

De acordo com a organização, as cinco empresas que estão com o processo de desenvolvimento de vacina mais avançado, AstraZeneca, Sputnik, Moderna, Pfizer e Sinovac, não têm capacidade de fabricar o produto em quantidade suficiente para todo o mundo. Somente em 2022, cerca de dois terços da população deverá ter acesso às vacinas.

“Esse cenário revela um sistema que protege os monopólios e os lucros das grandes empresas farmacêuticas e favorece as nações mais ricas”, conforme explica o relatório da Oxfam Brasil. Somente a empresa Moderna tem capacidade para atender 475 milhões de pessoas, ou seja, 6% da população global. A farmacêutica já vendeu vacinas entre preços que variam entre US$ 12 a US$ 16 a dose nos Estados Unidos e cerca de US$ 35 para outros países – cerca de R$ 65, R$ 86 e R$ 189, respectivamente.

Com informações de Brasil de Fato