Com diversas pautas que pensam em uma política para todas e todos, Junior Manchineri tem a política popular, direitos humanos e o bem viver como eixos da sua campanha
Foto: Daldeia
“A política, ela é transformação, e só com a política que a gente pode possibilitar realidades melhores para todos nós”. Junior Manchineri vem de uma família de luta. Seus avós paternos lutaram pelo reconhecimento e demarcação da Terra Indígena Mamoadate, no Acre, e seus pais se conheceram no dia do enterro de Chico Mendes. Ele é o candidato indígena mais jovem do Brasil, e também uma liderança que busca políticas públicas para os povos indígenas e luta contra a fome, entre outras pauta importantes como a juventude, cultura e bem-viver.
Junior é estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre e tem eixos centrais em sua campanha que envolvem direitos humanos e compromisso com as populações indígenas, negras e comunidades tradicionais, além da atenção à sociobiodiversidade. Entende também a importância da educação, com propostas para maior acesso à ciência e tecnologia em escolas urbanas, de aldeias e que estão na floresta, e também a formação continuada e valorização de professores e professoras. Tem foco na juventude trabalhadora, na diversidade e não se esquece da importância do bem-viver, que envolve desde ações de combate à violência de gênero e feminicídio, ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS) e investir na saúde de populações negras, indígenas e de comunidades tradicionais.
A crise climática, Meio Ambiente e a sustentabilidade também são eixos importantes de sua campanha e propõe um grupo de trabalho entre os poderes para dialogar sobre as queimadas e fumaça no Acre e também fiscalizar o uso de recursos internacionais, além do apoio à agricultura familiar, criação de Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e hortas comunitárias.
“A política, ou melhor, a democracia, ela é construída com a população. E hoje a gente não tem políticos ou uma política que atenda a demanda de quem mais precisa. Então a gente vem construindo uma proposta participativa, porque não existe nada mais democrático do que a participação da população na construção de um mandato”
NINJA nas eleições
Esta entrevista faz parte de um projeto autônomo da Mídia NINJA para visibilidade para candidaturas antifascistas.
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