Foto: Blair Gable/REUTERS

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, apresentou nesta segunda-feira (30) um pacote de leis para endurecer ainda mais o controle de armas no país. O anúncio foi realizado uma semana após o massacre de Uvalde que aconteceu nos Estados Unidos.

“Um canadense morto por violência armada já é gente demais”

O projeto prevê a proibição de compra e venda de revólveres, além da suspensão da licença de porte de arma de pessoas envolvidas em casos de violência doméstica.

“Nós introduzimos uma legislação para aplicar o congelamento nacional de posse de armas portáteis. Isso significa que não será mais possível comprar, vender, transferir ou importar armas portáteis onde quer que seja no Canadá”, explicou Trudeau.

Em 2020, o Canadá teve seu pior massacre da história, um tiroteio em massa que deixou 23 mortos na Nova Escócia. Depois disso, o governo canadense endureceu a política de controle de armas no país, proibindo 1,5 mil modelos do tipo militar.

O projeto de lei apresentado hoje retoma algumas medidas que haviam sido arquivadas no ano passado em meio às eleições nacionais. Além do aumento no controle de compra e venda, haverá um endurecimento nas penas contra o tráfico de armas. Estima-se que cerca de 1 milhão de armas circulem em território canadense, sendo grande parte delas, importadas dos Estados Unidos ilegalmente.

“No final das contas, o cálculo é, na realidade, muito simples: quanto menos armas de fogo teremos em nossas comunidades, mais estaremos em segurança”, afirmou Trudeau.