Grupo deve acompanhar as violações de direitos que têm afetado crianças, adolescentes e mulheres da comunidade Aracaçá, em Roraima

Foto: Billy Boss / Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (3), a criação de um grupo de trabalho para acompanhar a situação dos povos indígenas Yanomami.

O grupo deverá acompanhar, fazer diligências e propor providências para reverter a situação de violências e violações de direitos a que estão sendo submetidas crianças, adolescentes e mulheres da comunidade Aracaçá, região de Waikás, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

De acordo com denúncias divulgadas pela mídia, uma menina Yanomami de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros que exploram o local ilegalmente.

Diligências enviadas por órgãos como a Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) não encontraram os indígenas da comunidade. O local havia sido queimado, o que provocou mobilização nas redes com a hashtag #cadeosyanomami.

Segundo a autora do requerimento para a criação do GT, deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), é importante que a Câmara se posicione a respeito das denúncias. “Não é possível que a gente se sinta tão fechado e insensível diante de uma situação que todos os dias, praticamente, a mídia noticia: abusos sexuais contra crianças, mulheres, colocando a vida de seres humanos em risco. O mínimo que se pode fazer é a criação de um grupo de trabalho, para que este Parlamento possa frear esta violência. Não podemos ser coniventes”, defendeu a deputada.

Fonte: Agência Câmara de Notícias
Reportagem – Paula Bittar
Edição – Ana Chalub