Após mais de cinco anos, a Braskem anunciou que vai pagar R$ 1,7 bilhão para a Prefeitura de Maceió. O termo estabelece a indenização e o ressarcimento integral ao município alagoano por danos patrimoniais e extrapatrimoniais decorrentes do desastre ocorrido em março de 2018.  A decisão ocorre após a Justiça bloquear mais de R$ 1 bilhão das contas da empresa.

O evento catastrófico, causado pelo deslocamento do subsolo devido à extração de sal-gema pela Braskem, resultou em rachaduras e afundamento do solo em diversos bairros, forçando mais de 55 mil pessoas a abandonarem suas casas.

Além dos reparos de patrimônio público, a prefeitura também vai criar o Fundo de Amparo aos Moradores (FAM). Além disso, o acordo não prejudica outras negociações em curso entre a Braskem e os moradores afetados.

Apesar de já ter se comprometido anteriormente a pagar R$ 13 bilhões referentes ao desastre sócio-ambiental, a resposta da Braskem sobre a redução para pouco mais de 10% do valor que deveria ser pago inicialmente é de que a empresa trabalhou nos últimos cinco anos para viabilizar moradia em outras localidades para os atingidos. A associação de moradores ainda não se manifestou sobre essa decisão.

“O que a gente quer saber é quanto disso vai pra a população afetada! Ou se vai ser mais um investimento de marketing”, comentou o perfil Vítimas da Brakem, no Instagram.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Alagoas, o afundamento do solo gerou mais de 300 ações com pedidos de indenização que ultrapassa 15 bilhões, além de multas ambientais.

A Mídia NINJA publicou uma série de reportagens em parceria com comunicadores populares sobre o afundamento do solo em Maceió.

Confira:

https://midianinja.org/news/os-impactos-do-crime-ambiental-da-braskem-na-educacao-de-maceio/

https://midianinja.org/news/justica-bloqueia-r-108-bilhao-da-braskem-apos-afundamento-do-solo-em-maceio/