A pandemia do novo coronavírus e o isolamento social daqueles que podem ficar em casa estão mudando os hábitos de consumo do país. Os supermercados e farmácias vem lucrando com o período de quarentena.

Isso pode ser visto em um levantamento recente da Elo que mostra que os gastos com cartões de crédito e de débito em supermercados aumentaram, no dia 1º de abril, em 25% na comparação com a média desse mesmo dia da semana em janeiro e fevereiro. Nas farmácias, o avanço foi de 10% na mesma data, segundo um levantamento da consultoria Elo Performance Insights. Outras pesquisas apontam alta das vendas de itens da cestas básica, higiene e limpeza.

Os dados consideram o período de 19 de março a 1º de abril (já sob o isolamento social), comparando com as médias para os mesmos dias da semana registradas de 5 de janeiro a 22 de fevereiro deste ano (antes do primeiro caso de covid-19 no país).

Para Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&Malls, “há dois movimentos paralelos que se somam. Um é a epidemia de coronavírus, o isolamento, o cuidado com a saúde. O outro é o impacto econômico dessa crise, as pessoas que já tiveram a renda reduzida e aquelas que temem perder renda ou até o emprego nos próximos meses”.

O brasileiro pode estar comprando mais, entretanto, isso só significa que os hábitos de consumo vem mudando por conta da pandemia. As necessidade apresentadas são visivelmente pela alimentação e saúde.

Além dos que tem acesso à essas duas categorias durante a crise, existe uma parcela da sociedade que vem enfrentando o que de pior os impactos da pandemia pode oferecer, enfrentando dificuldades de alimentação e vivendo na insalubridadde. Até quando as autoridades vão ignorar a existência dessas pessoas?

As empresas que vem lucrando nesse período poderiam se mobilzar para ajudar essas pessoas, elas já são grupo de risco muito antes do coronavírus.