Foto: Danilo Quadros

“40 dias depois, parece que está começando a ir embora essa questão do vírus”, assim Bolsonaro tratou da crise do coronavírus no Brasil, que já atinge números recordes de propagação.

O Brasil registrou nesta quarta-feira 204 novas mortes provocadas por coronavírus, número igual ao dia anterior. Em relação aos novos casos, porém, o país teve um recorde: foram mais 3.058 pessoas confirmadas. Em todo o Brasil, são 28.320 casos confirmados e 1.736 mortes causadas pelo novo coronavírus. Até terça-feira, eram 25.263 casos e 1.532 vítimas fatais.

Tocantins, que era o único estado do país sem mortes pelo coronavírus, registrou a sua primeira vítima fatal. Dessa forma, todos os Estados do Brasil têm hoje vítimas fatais pela covid-19.

O Estado de São Paulo continua sendo o mais afetado, com 778 óbitos e 11.043 casos já confirmados da doença. Rio de Janeiro (3.743 casos e 265 mortes), Ceará (2.157 casos e 116 mortes), Amazonas (1.554 casos e 106 mortes) e Pernambuco (1.584 casos e 143 mortes) completam a lista dos cinco estados com maiores números.

A OMS – Organização Mundial de Saúde recomenda que para evitar o aumento da curva de contágio os países adotem medidas de isolamento social e reforcem orientações de higiene. Inúmeras pesquisas sobre uma nova vacina para o vírus também estão em curso, algumas com testes em humanos já iniciadas, mas nenhuma ainda conclusiva.

O novo coronavírus já matou mais de 136 mil pessoas em todo o mundo e líderes políticos de todos os países buscam saídas para a crise, entretanto no Brasil parece que Bolsonaro não está muito preocupado com o que chama de “gripezinha”. O jornal americano The Washington Post fez duras críticas a Jair Bolsonaro por “minimizar” a pandemia do novo coronavírus. Em editorial publicado hoje (14), o veículo citou líderes mundiais que colocam vidas em risco pela forma como agem durante a crise da covid-19 e disse que Bolsonaro é o pior deles.