Foto: Mohsen Atayi

Dados da Fiocruz apontam que o Brasil teve uma explosão de registros de internação de pessoas com insuficiência respiratória grave depois da primeira notificação de um paciente com coronavírus no Brasil, em 25 de fevereiro. Naquela semana, 662 pessoas foram internadas no país com doença respiratória aguda e sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória.

Na semana entre os dias 15 e 21 de março, o número de novos internados já tinha saltado para 2.250 pacientes, de acordo com a projeção feita com base nas notificações oficiais enviadas por unidades de saúde e hospitais públicos, e alguns privados, de todo o país ao Ministério da Saúde. “É um número dez vezes maior do que a média histórica, de cerca de 250 casos de hospitalização nos meses de fevereiro e março, em anos anteriores”, diz o pesquisador Marcelo Ferreira da Costa Gomes, da Fundação Oswaldo Cruz.

Segundo Gomes, os números sugerem que o “grande aumento” de internações pode ter ocorrido “em decorrência da Covid-19”, embora nem todas as pessoas hospitalizadas tenham sido testadas para a doença e os resultados dos exames estejam saindo com atraso de vários dias. Ele afirma ainda que a tendência é que as internações sigam crescendo. “A gente ainda não sabe como vai se dar a interação desses vírus, como Influenza A, Influenza B e o novo coronavírus”, diz.

As informações são de Mônica Bergamo