Foto: Marcos Correa/PR

Bolsonaro e Trump unidos pelo negacionismo! A Assembleia Geral da ONU aprovou um acordo de cooperação internacional que visa garantir o acesso global a medicamentos, vacinas e equipamentos médicos para enfrentar a pandemia de coronavírus, contudo, o Brasil, assim como os EUA, deixa de apoiar as medidas da contra o coronavirus.

Normalmente, os países votam as resoluções durante encontros promovidos pelo órgão. Devido à pandemia, a assembleia mudou as regras de votação e agora faz circular um rascunho do documento entre os estados-membros. Se um único país apresentar objeções à resolução dentro do prazo de avaliação, ela é derrubada.

Cada país pode endossar a proposta como patrocinador ou co-patrocinador. Países que não escolhem uma dessas opções mas também não apresentam objeções à resolução estão, em tese, apoiando o texto.

Na prática, deixar de expressar uma posição clara sobre a questão demonstra falta de entusiamo pela causa. Entretanto, de acordo com diplomatas ouvidos, a posição representa uma aceitação de mau grado. Segundo a Folha de São Paulo, esse foi o caso do Brasil.

O texto da resolução, apresentada à Assembleia Geral pelo governo do México, “reafirma o papel fundamental” da ONU na coordenação de uma resposta global à pandemia e “reconhece o papel de liderança crucial desempenhado pela Organização Mundial da Saúde”. O Brasil foi um dos convocados para aderir a essa coalizão.

O alinhamento entre Brasil e Estados Unidos frente à resolução da ONU por cooperação internacional é mais um dos episódios em que as posturas de Bolsonaro e Trump em relação ao coronavírus apresentam semelhanças.

Ambos estão em conflito com governadores estaduais, defendem a reabertura da economia em um prazo que especialistas apontam como prematuro e perigoso e minimizaram a gravidade da pandemia em suas primeiras semanas – Bolsonaro continua nesta toada.