Foto: Murilo Salazar

A OMS, observando países que começam a afrouxar as orientações de isolamento social, preparou uma relação de critérios para deixar mais segura a decisão e embasar em resultados concretos. O Brasil não ainda cumpre nenhum dos critérios e, portanto, não é recomendado que saia da quarentena ou mude a estratégia adotada até aqui.

Para encerrar ou modificar o isolamento, é preciso que a comunidade toda esteja engajada e educada para tal. Do mesmo modo que todos precisam levar a sério as recomendações no isolamento, todos precisam também manter as regras em caso de mudança. Confira a lista dos critérios propostos:

1. a transmissão da Covid-19 deve estar controlada;
2. o sistema de saúde deve ser capaz de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos, além de traçar todos os contatos;
3. os riscos de surtos devem estar minimizados em condições especiais, como instalações de saúde e casas de repouso;
4. medidas preventivas devem ser adotadas em locais de trabalho, escolas e outros lugares aonde seja essencial as pessoas irem;
5. os riscos de importação devem ser administrados;
6. as comunidades devem estar completamente educadas, engajadas e empoderadas para se ajustarem à nova norma.

O órgão reforça que os cuidados aprendidos e utilizados durante a pandemia devem se tornar culturais, assim como as estratégias de testagem, isolamento, higiene e distanciamento social nas ruas. O uso de máscaras por exemplo, não são garantia de não contrair uma infecção, mas deve ser feita junto a um combinado de manutenção das medidas de higiene e contenção. Em suma, é preciso uma mudança de comportamento da comunidade para a garantia que o vírus não se espalhe.

A OMS disse que deve lançar um estudo completo com recomendações estratégicas para o novo momento da pandemia do coronavírus, e que é importante que não saiam todos os países juntos da quarentena, mas que haja um cuidado e que a saída seja progressiva, para que haja controle e acompanhamento dos países, e assim, seja possível cuidar de novos casos com tranquilidade. Caso contrário, o sistema de saúde pode saturar novamente e ocorrer uma nova epidemia, afirma a líder técnica do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove.