Foto: Mídia NINJA

Desde a sexta-feira, quando a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu, dizimando parte da cidade que fica próximo a Brumadinho, Minas Gerais, e matando dezenas de pessoas, bombeiros civis trabalham incansavelmente para fazer o resgate. Mas a partir de segunda-feira, com a chegada do exército israelense, os civis estão sendo impedidos de trabalhar.

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Desde a sexta-feira, quando a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu, bombeiros civis trabalham incansavelmente para fazer o resgate. Com a chegada do exército israelense, partir dessa segunda-feira, eles estão sendo impedidos de trabalhar. Uma moradora da região, Claudiane Batista, busca o marido que é trabalhador terceirizado da Vale e diz que é um absurdo ter bombeiros dispostos a trabalhar e serem impedidos. "Eles estão só buscando os mortos. Sei que toda família tem que receber seus parentes, mas eles não vão na mata? E os bombeiros que estavam ajudando nós eles estão barrando. Tinha bombeiro pronto pra ir lá, com cachorro. Pode ter gente viva lá!' #BrumadinhoChegaDeImpunidade Vídeo: Mídia NINJA

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Wendel, dos bombeiros de Belo Horizonte que veio para ajudar nos resgates, disse que bombeiros civis vieram de Congonhas, cidade de Minas, e que estava trabalhando no resgate das vítimas, encontraram pessoas vivas na mata no sábado e domingo, mas ontem a Vale começou a estabelecer burocracias, pedindo documentos que não haviam pedido antes, certificados escolares, dizendo que sem isso não podiam trabalhar. Alguns dos bombeiros já foram embora.

Só bombeiros autorizados pela Vale e o exército israelense estão responsáveis pelas buscas no momento. Militares tem preparo para resgate na lama, mas os civis podem fazer buscas na mata e outros locais. “Eles querem que a gente ajude os voluntários a recolher os corpos, mas a gente pode fazer os resgates” disse Wendel.

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Uma moradora da região, Claudiane Batista, busca o marido que é trabalhador terceirizado da Vale, e disse que é um absurdo ter bombeiros dispostos a trabalhar e serem impedidos. “Eles estão só buscando os mortos. Sei que toda família tem que receber seus parentes, mas eles não vão na mata? E os bombeiros que estavam ajudando nós eles estão barrando. Tinha bombeiro pronto pra ir lá, com cachorro. Pode ter gente viva lá!’ “Esse é um momento da gente se unir: resgate, bombeiro, militar”, disse um dos bombeiros. Claudiane reforça que além de serem impedidos, os militares darão voz de prisão aos bombeiros que tentarem ir para o resgate.

“Até ontem tava servindo, agora não serve mais? O que a Vale quer esconder?”