Gasto milionário foi identificado pelo deputado federal Elias Vaz por meio do Portal da Transparência

Foto: Marcos Corrêa / PR

Do início do mandato até agora, a conta da “comida de avião” chega a R$ 2.599.696,46. “O presidente diz que é simples, come macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra. É dinheiro público pagando a conta dos luxos do Bolsonaro em plena crise. É vergonhoso”, afirma o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).

O parlamentar identificou gasto milionário do presidente Jair Bolsonaro com alimentação dentro do avião presidencial por meio do Portal da Transparência. As despesas puderam ser vistas no contrato 05/2017 da presidência da República com a International Meal Company Alimentação S/A para o fornecimento das refeições, lanches e petiscos. Firmado em 2018 e sofrendo sucessivas prorrogações, o contrato prevê o fornecimento de refeições prontas (almoço, jantar e café da manhã), bebidas, lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e frios), frutas, doces e gelo.

“Esse tipo de serviço não é pago com o cartão corporativo, uma vez que a empresa mantém relação contratual por meio de licitação realizada pela presidência”, explica o deputado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), que compartilhou a informação quando divulgada na imprensa, também criticou. “Isso só no avião. Imagina juntar que eles aproveitam enquanto nosso povo passa fome”, disse a elevada crise para compra de fornecimentos básicos de água, comida e gasolina durante o governo Bolsonaro.

Em 2019, o gasto com a alimentação em viagens foi de R$851.159,36. Em 2020, a comida do avião custou aos cofres públicos R$656.117,38. Já em 2021, quando começou a pandemia da Covid-19, o valor saltou para R$889.583,37. Somente neste início de 2022, a presidência já gastou R$ 202.836,37.

“Vamos solicitar à presidência da República a documentação detalhada desses gastos, com apresentação de notas fiscais. A sociedade tem o direito de saber o que está pagando para o Bolsonaro”, destaca Elias. O deputado afirmou que também vai apresentar na Câmara uma PFC, proposta de fiscalização e controle pedindo auditoria do Tribunal de Contas da União sobre esses gastos.