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Mente aqui, mente lá fora.

Jair Bolsonaro discursou hoje para a Cúpula de Líderes sobre o Clima, convocada por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Ele tentou afastar do país o título de pária ambiental, por meio de mentiras sobre a sua gestão acerca do meio ambiente.

O capitão reformado afirmou que o Brasil é “voz ativa” na construção da agenda ambiental e elogiou a “revolução verde”, que, através de ciência e inovação, teria tornado nossa agricultura sustentável.

A fala é contraditória, pois colide com fatos: no ano passado, houve um bloqueio financeiro de aproximadamente R$ 60 milhões que seriam destinados ao Ibama (R$ 20,9 milhões) e ao ICMBio (R$ 39,7 milhões). Outras áreas de proteção ao meio ambiente também sofreram cortes.

Ainda mais no embalo que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi denunciado pelo superintendente da PF, Ricardo Saraiva, de advogar em favor de madeireiros e desmatadores.

Na fala o presidente ainda pediu recursos estrangeiros para proteger a Amazônia, ele e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, querem “recursos volumosos” e “tangíveis” para antecipar as metas de redução de emissão de gases e desmatamentos, o que dificilmente virá agora, ainda mais depois de satélites detectarem aumento de queimadas e desmatamento em 2020. Países presentes na Cúpula do Clima exigem resultados “tangíveis” antes de qualquer coisa.

A pergunta que fica: que “revolução verde” exatamente é essa citada por Bolsonaro?