Bolsonaro deve viajar nos próximos dias aos Estados Unidos e deverá passar a virada do ano recolhido em um condomínio fechado em Orlando
Projeção em Nova York anunciando o fim do governo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Twitter @Tom Phillips
Nas próximas horas, Jair Bolsonaro (PL) deverá se despedir antecipadamente da presidência da República e não passará a faixa para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Bolsonaro deve viajar nos próximos dias aos Estados Unidos e deverá passar a virada do ano recolhido em um condomínio-resort na região de Orlando, na Flórida, onde o ex-presidente norte-americano Donald Trump também possui uma casa.
Antes de partir, aliados de Bolsonaro cogitaram que o político da extrema-direita fizesse um pronunciamento à nação, mas a chance de isso acontecer é baixa. Com isso, o presidente derrotado deve sair do país e deixar seus apoiadores golpistas que continuam acampados em frente aos quartéis generais do Exército.
Auxiliares de Bolsonaro indicaram que ele viajaria nesta quarta-feira (28), porém na noite da terça, o presidente derrotado negou à emissora CNN que deixaria o País na data indicada – sem fazer referência a qualquer data futura.
Na viagem, Bolsonaro não deve ser acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Bolsonaro também nomeou os oito servidores a quem tem direito na sua equipe de ex-presidente, com salários custeados pela União. Entre eles, estão militares e atuais assessores na Presidência da República.
Bolsonaro deve usar o avião presidencial. A previsão é que ele se hospede em um condomínio fechado.
Abandonando o barco
A viagem tem sido motivo de críticas. O futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, deputado federal do PT por São Paulo, disse que o presidente “fugiu” do Brasil e se mostrou um “líder de barro”, segundo ele incapaz de liderar a direita.
Essa atitude de Bolsonaro de fugir do Brasil, de ir para os braços do Trump, é típica de um líder de barro. O futuro ex-presidente demonstrou que nunca teve a mínima condição de dirigir o Brasil e nem de liderar um movimento.
— Alexandre Padilha (@padilhando) December 26, 2022
Para o futuro ministro do Palácio do Planalto, o presidente “incitou hordas bolsonaristas a desrespeitarem a eleição e a constituição e a transformar as frentes de quartéis em verdadeiras em incubadoras de atos violentos”.
Bolsonaro incitou suas hordas bolsonaristas a tentarem fazer algum tipo de reação, a desrespeitarem as instituições, e transformou as frentes dos quartéis em incubadoras de atos violentos, de atos que tentam desrespeitar a democracia e o resultado eleitoral.
— Alexandre Padilha (@padilhando) December 26, 2022
Com informações da Agência Estado
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