O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está prestes a enfrentar o que pode ser sua última oportunidade de evitar a extradição do Reino Unido para os Estados Unidos. Do lado de fora da Alta Corte de Londres, uma multidão de apoiadores se reuniu, clamando por “apenas uma decisão, nenhuma . extradição”.

Stella, esposa de Assange, dirigiu-se à multidão, enfatizando a importância do momento: “Temos dois grandes dias pela frente. Não sabemos o que esperar, mas vocês estão aqui porque o mundo está assistindo. Eles precisam saber que não podem se safar dessa. Julian precisa de sua liberdade e todos nós precisamos da verdade.”

As batalhas legais de Assange começaram em 2010, e desde então ele passou sete anos na embaixada do Equador em Londres antes de ser preso em 2019 por violar as condições de fiança. Desde então, ele permanece em uma prisão de segurança máxima no sudeste de Londres.

Seus advogados argumentarão que o indiciamento de Assange é politicamente motivado e representa um ataque à liberdade de expressão. Entre os apoiadores de Assange estão a Anistia Internacional, grupos de mídia que colaboraram com o WikiLeaks e políticos australianos, incluindo o primeiro-ministro Anthony Albanese, que recentemente votou a favor de uma moção pedindo o retorno de Assange à Austrália.

O desfecho deste caso é crucial. Se Assange prevalecer, uma audiência de apelação completa será realizada. Se ele perder, sua última esperança será recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos (ECHR).

O WikiLeaks ganhou destaque em 2010, ao publicar um vídeo militar dos EUA mostrando um ataque de helicópteros Apache em Bagdá, em 2007, e divulgou milhares de arquivos secretos e telegramas diplomáticos, revelando avaliações críticas dos EUA sobre líderes mundiais.

*Com informações da BBC e The Guardian