Eurocopa em junho de 2021. Foto: Pool via Reuters / Matthias Hangst

O presidente do Comitê Nacional de Contraterrorismo do Catar, Abdulaziz Abdullah Al Ansari, afirmou em entrevista à agência de notícias The Associated Press, que bandeiras LGBTQIA+ não poderão ser levadas para dentro dos estádios onde ocorrerão os jogos da Copa do Mundo 2022.

Abdullah ainda comenta que o país é a Copa vão receber bem casais homossexuais, apesar das leis que criminalizar a homossexualidade no Catar.

“Se um torcedor levantar uma bandeira de arco-íris e eu tirá-la de sua mão, não seria porque eu quero ou porque estou insultando ele. Será para protegê-lo”

“Porque se eu não fizer isso, alguém poderá atacá-lo…Não posso garantir o bom comportamento de todos. E vou dizer ao torcedor: ‘Por favor, não é necessário levantar a bandeira neste local'”, finalizou um dos principais responsáveis pela segurança da Copa do Mundo.

A forma como torcedores homossexuais serão tratados no Catar e alvo de preocupação por parte de entidades ligadas ao futebol e ao movimento nos últimos meses.

A rede FARE, que monitora eventuais casos de discriminação nos jogos, pediu que todos os torcedores sejam respeitados durante a disputa do Mundial.

“A ideia de que a bandeira, que é reconhecida universalmente como símbolo da diversidade e igualdade, será retirada das pessoas para protegê-las não será considerada aceitável. E será encarada apenas como um pretexto (para o preconceito)”, afirmou Piara Powar, diretor executivo da FARE.