(Foto: Mike Dixson)

 

Por Graziella Albuquerque, para a Cobertura Colaborativa NINJA na COP26 

“Se não agirmos agora, será tarde demais.” alerta o naturalista britânico, David Attenborough, em entrevista à BBC News. David irá participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas COP 26, que ocorrerá entre os dias 31/11 a 12/11 em Glasgow, na Escócia.

O naturalista complementou dizendo que “as nações mais ricas têm uma responsabilidade moral de ajudar os mais pobres do mundo.” A crítica do naturalista diz respeito aos elevados níveis de poluição causados pelos países mais desenvolvidos, em comparação aos países em desenvolvimento.

O processo de industrialização é altamente poluidor, gerando danos não só locais, mas também globais. Na maioria das vezes os atores sociais mais vulneráveis a esses eventos são aqueles que menos contribuem para a mudança do clima.

Essa desigualdade referente às responsabilidades e o grau de impacto que atinge de forma e intensidade diferentes grupos sociais distintos, deu origem ao conceito e movimento global por Justiça Climática.

Para Sir David, este é um dos desafios mais preocupantes, e ele diz que seria “realmente catastrófico” se as ameaças às nações mais pobres fossem ignoradas.

“É provável que partes inteiras da África fiquem inviáveis — as pessoas simplesmente terão que se mudar por causa do avanço dos desertos e do aumento do calor, e para onde irão?” questionou David, em entrevista à BBC News.

Uma das metas a serem discutidas durante a COP 26 será a de arrecadação de US$ 100 bilhões de dólares anuais para ajudar os países subdesenvolvidos na luta contra as mudanças climáticas, através de medidas de adaptação e redução das emissões.

Desde o comprometimento dos países desenvolvidos em atingir a meta, em 2009, até hoje o objetivo não foi alcançado. Porém, segundo relatório divulgado pela presidência britânica da conferência, a previsão é de que a meta será alcançada em 2023 e superada nos anos seguintes.

 

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