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Na última sexta-feira, 24, a Argentina anunciou que irá deixar de participar das negociações de acordos comerciais do Mercosul, com a exceção dos dois mais importantes em andamento, o da União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta). O comunicado feito ao governo do Paraguai, que preside atualmente o Mercosul, afirma que a saída da Argentina “não será obstáculo para que os demais países prossigam com seus diversos processos de negociação”.

Para o governo, a prioridade do país no momento é o combate ao coronavírus e as emergências econômicas que serão causadas por ela. O país está negociando suas dívidas, internas e externas, e reorganizando recursos para ter fundos para enfrentar o novo coronavírus. A oposição reagiu pedindo explicações e o comparecimento do chanceler Felipe Solá ao congresso nessa segunda-feira para explicar a decisão.

O Paraguai lançou um comunicado dizendo que “os demais Estados partes do Mercosul vão avaliar as medidas jurídicas, institucionais e operativas mais adequadas por conta da decisão soberana da Argentina para que isso não afete outras negociações em curso”.

A Argentina destacou auxílios para evitar o aprofundamento da fome e da miséria e medidas de proteção ao trabalho e aos trabalhadores, como a proibição das demissões e suspensão ou diminuição de contratos por 60 dias, decretou a suspensão de cortes de energia elétrica, água, gás encanado, telefone fixo, móvel e internet por falta de pagamento e congelou preços de aluguéis e proibiu despejos.