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Pedro Ribeiro para Mídia NINJA

Uma roda de conversa realizada entre mulheres trans, cis e homens, na Nave Coletiva, proporcionou a leitura de diversos novos caminhos para se falar sobre lugar de fala e de escuta dentro dos feminismos (negro, indígena e etc).

A conversa contou com a presença de grandes nomes da luta feminista e LGBTI. A advogada Ananda Puchta, Lua Leça, a MC Dall Farra, Monique Lemos e Patrícia Pina abriram o debate sob mediação da ativista lésbica e youtuber Ana Claudino. Preta Ferreira, presa injustamente por 109 dias também participou do evento.

Foto: Bea Areas

A hiperssexualização da mulher lésbica foi um dos pontos que marcaram o debate. “Nosso amor é desejado por homens o tempo inteiro”, lamentou Ananda. O que a advogada disse é representado em números. De acordo com uma pesquisa do canal PornHub,  76% dos brasileiros que consomem pornografia são homens. Desses, a parcela heterossexual assiste à filmes entre mulheres.

Para diminuir os impactos causados pelos costumes machistas da nossa sociedade patriarcal, os movimentos feministas desenvolvem atividades em grupo e aperfeiçoam técnicas para remanejar energias e superar as dores, o que chamam de dororidade.

Ainda sobre os processos de enfrentamento, uma reflexão surgiu na roda. Vale a pena se expor? Colocar seu corpo na linha de frente? A conclusão foi a de que, mulheres trans e lésbicas cis não-afeminadas não têm essa opção. O corpo delas está em constante luta.