Foto: Reprodução Brasil de Fato

Por José Carlos Almeida para os Estudantes NINJA

Estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, interior de São Paulo, ficaram sem oferta de alimentação por tempo indeterminado depois que a Vigilância Sanitária da cidade interditou o restaurante universitário do campus, por condições de higiene inadequadas, a gestão da cozinha é feita por uma empresa terceirizada desde 2016, a interdição aconteceu na última sexta-feira (27) pela manhã. As informações foram divulgadas em reportagem do Brasil de Fato.

A Prefeitura do Campus da Esalq afirmou comunicado endereçado à comunidade universitária na manhã desta segunda-feira (30) que o fornecimento das refeições continua suspensa pelo tempo indeterminado até a contratação de uma nova empresa, atualmente a prefeitura encontra dificuldade na contratação de uma nova empresa.

“Foi realizado pregão para contratação de novo serviço de entrega de marmita, mas, infelizmente, sem sucesso, pois a empresa vencedora não apresentou a documentação completa e foi considerada inabilitada. Como demais licitantes também foram desclassificadas ou inabilitadas, por não apresentarem proposta formalizada ou documentação completa”, destaca o texto.

A nota ainda afirma que os estudantes bolsistas do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil, que oferece benefícios aos estudantes de graduação com dificuldades socioeconômicas, terão acesso a marmitas nos próximos dias.

Os demais estudantes, não. Todo este processo foi acompanhado pelo Centro Acadêmico e pela Associação de Pós Graduandos, mas também por Representantes Discentes (RD’s) que compunham um Grupo de Trabalho sobre permanência estudantil no Campus.

Os estudantes continuam se mobilizando

Na noite de segunda-feira, 30/05, os estudantes do campus realizaram uma assembleia geral, com integrantes da graduação e da pós-graduação. O encontro, segundo Maria Clara Georgette, estudante do 4º ano de Engenharia Florestal, serviu para compartilhar indignações e planejar os próximos passos.

“Nossa luta maior é pela desterceirização do Rucas [como é conhecido o restaurante]. Mas se isso não for, pelo menos que a gente proponha uma forma de terceirização que não comprometa a qualidade da nossa comida. Além disso, o retorno da distribuição de cestas básicas para o CEU [moradia estudantil] e a distribuição de café da manhã, que existem em outros bandejões da USP e que já existem no Rucas mas que hoje não é mais fornecido”.