Usina em Tianjin, no nordeste da China (Shubert Ciência)

 

Cauê Porcé, para a Cobertura Colaborativa NINJA na COP26

A redução do uso do carvão será um grande desafio para as grandes potências. Quando reunidos no encontro do G-20 em Roma, na semana passada, líderes firmaram compromisso para conter as mudanças climáticas e principalmente, limitar o aquecimento global em 1,5° C. Dessa forma, terão que encerrar investimentos públicos na geração de energia com uso do carvão.

Mas muitos dos países ainda usam fontes de energia fóssil ou carvão mineral, como a China, Estados Unidos e Austrália. Inclusive, um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) já mostrou essa preocupação, alertando especialmente, sobre a possibilidade do uso do carvão aumentar 4,5% na fase de recuperação econômica pós-pandemia.

A China, Índia e Austrália já demonstraram resistência à meta que além de visar a redução do uso do mineral, ainda orienta pelo fim das construções de novas centrais de energia movidas por ele. Os governos da Turquia, Rússia e Arábia Saudita também não estão muito dispostos.

Especialistas dizem que esses países temem que esse acordo levaria rapidamente ao corte do uso de outros combustíveis fósseis, como gás ou petróleo. Segundo a Dow Jones, um salto nos preços dos combustíveis fósseis leva recentemente vários países, entre eles China e Reino Unido, a depender mais do carvão para fazer funcionar suas indústrias e garantir o suprimento de energia elétrica.

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