Foto: Odair Goulart/ Reprodução

Até onde vai o racismo? No Rio Grande do Sul, um senhor de 62 anos passou por uma situação humilhante e foi agredido pela equipe do Hospital Dom João Becker, em Gravataí, após ser acusado de furtar um celular e, sua esposa, faleceu em meio à situação, segundo relatos de testemunhas.

Everaldo da Silva Fonseca acompanhava a esposa Maria Gonçalves Lopes que estava internada na unidade. Funcionários do hospital, em dado momento da madrugada, acusaram Fonseca de ter furtado o celular de uma auxiliar de enfermagem. Ele teria sido agredido, humilhado e expulso do hospital. Sua esposa, Maria Gonçalves, assistiu toda a situação e teria implorado para que os funcionários parassem de agredir o marido. Assustada, ela teve um ataque cardíaco e morreu.

Em depoimento ao site Giro de Gravataí, o filho do casal, Jonatas Lopes Fonseca, relatou que os funcionários tentaram, inclusive, encontrar o celular com Maria Gonçalves, retirando as fraldas que a mulher usava. Minutos depois, o celular que motivou as agressões contra o idoso foi encontrado em outra sala da unidade de saúde.

“Depois de tudo eles queriam me agradar, trouxeram maçã, pão e suco, como se isso fosse amenizar a humilhação que passei e a vida da minha esposa, estou destruído por dentro”, relatou Everaldo à página Alô Gravataí. Ele registrou um boletim de ocorrência por agressão junto à Polícia Civil e o hospital, por sua vez, enviou uma nota ao site Giro de Gravataí informando que “uma sindicância será aberta para apurar as denúncias de agressão”.