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Após inúmeras críticas racistas por conta do lançamento de um programa de trainee exclusivo para pessoas negras da Magazine Luiza, sobretudo grupos de direita que passaram a recriminar a Magalu por, supostamente, praticar “discriminação contra brancos”, as ações da empresa negociadas na bolsa de valores de São Paulo passaram por uma valorização, de cerca de 2,6%. Os papéis, que eram negociados a R$ 87,16 na sexta, fecharam a terça-feira a R$ 89,48.

Parlamentares bolsonaristas, como Eduardo Martins (PSC-PR) e Carlos Jordy (PSL-RJ), apontaram racismo reverso no programa trainee. Jordy, que é vice-líder do Governo na Câmara, inclusive, entrou com representação no Ministério Público pedindo providências contra a empresa por “impedir a contratação de pessoas não negras”. Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, pede o cancelamento do programa, “caso contrário, o racismo será legalizado no Brasil”, diz.

O movimento da Magalu de tentar corrigir uma distorção racial identificada em seus quadros pode emitir um sinal positivo para o mercado, de que está alinhada às práticas mais modernas de gestão da atualidade.

O CEO da empresa, Frederico Trajano, compartilhou números que comprovam essa distorção racial. Apesar de 53% dos funcionários da Magalu serem negros, apenas 16% dos líderes são negros. Em 15 anos de programas de trainees, de 250 formados, apenas 10 eram negros: “Essa dificuldade de acesso tem sido um problema para uma companhia que acredita que a diversidade aumenta a competitividade, e queremos resolvê-lo”.

Fontes: Yahoo Finanças e O jornal O Estado de S.Paulo