Deputados federais analisam a crise sanitária a partir do Congresso Nacional e apontam desafios de 2022

 

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Marcelo Freixo e Alessandro Molon, deputados federais pelo Rio de Janeiro, estiveram ao vivo nesta quarta-feira (7) em Papo NINJA sobre as últimas atualizações do Congresso Nacional na corrida contra a crise no Brasil. Com uma política que se mostrou genocida desde o início da pandemia no país, combatê-la traz a sensação de corrida contra o tempo somada a um contexto de ameaça do retorno de pautas antidemocráticas.

A medida mais recente analisada pelos deputados é a proposta que permite que a iniciativa privada compre vacinas contra o coronavírus, ainda que observadas algumas condições. O projeto de lei havia sido aprovado por votação simbólica no parlamento conforme acordo entre os líderes de bancada. “É um projeto que no fim das contas nao tem eficácia”, disse Freixo. Para Molon, quando há uma situação raríssima como a que ocorre com o Brasil, qualquer política deve ser adotada tendo em vista o critério de justiça e não de dinheiro.

“O projeto permite, por exemplo, que só quem tem emprego vai ser vacinado em um momento em que várias pessoas ficaram desempregadas por conta da própria pandemia”, disse Molon. “Você cria uma lógica de competição quando deveria haver uma lógica de cooperação”.

Para Freixo, “uma das coisas mais criminosas do governo Bolsonaro é separar crise sanitária e crise econômica. A crise é uma só. O mundo inteiro tratou como uma crise só. As pessoas precisam ficar em casa pra contaminar menos e isso é muito óbvio”.

 

Derrotar Bolsonaro

Com vistas em 2022, Freixo acredita que é preciso criar hoje um campo capaz de derrotar Bolsonaro. “Não da pra ficar no nosso quintal. Precisamos fazer um pacto, pegar os melhores setores e derrotar o bolsonarismo. Isso é coisa séria, não é brincadeira”, diz,

“O grande desafio da gente é entender a gravidade desse momento. É um momento grave do Brasil e do Rio”, disse Molon. “Nós temos que salvar o país. É um projeto de salvação. Em um momento como esse não dá pra ficar apegado a projetos partidários. Temos que nos perguntar como salvar o Brasil, é nossa obrigação. Estamos vendo muita gente imbuída disso, colocar o Brasil à frente dos nossos partidos”.

Durante todo o diálogo, Freixo e Molon falaram também sobre a possibilidade de impeachment de Bolsonaro, analisaram a ocupação da direita nas principais comissões da Câmara dos Deputados e adiantaram os planos, com perspectivas de vitória, para travar a Lei de Segurança Nacional que tem sido usada como medida autoritária e antidemocrática contra jornalistas e setores populares no Brasil. Confira o bate-papo completo no IGTV da Mídia NINJA.