“Eu sempre me entendi como negra”, Bia Caminha fala da importância de ocupar espaços que sempre foram negados para quem é colocado à margem das escolhas políticas

Bia Caminha é candidata a Deputada Estadual no Pará. Foto: Mídia NINJA

Eleita a vereadora mais jovem da história de Belém, cidade que tem 406 anos, e primeira parlamentar da cidade assumidamente LGBT, Bia Caminha, de 23 anos, fala da importância de “quando um corpo como o meu, como o nosso, que é um corpo território-político, ele chega num espaço como esse e só o fato dele existir ali já é um incômodo colonial nesse processo. (…) é impossível a gente chegar num espaço desse e não causar fissura, não causar transformação”.

Estudante de arquitetura e urbanismo, feminista negra e bissexual, Bia Caminha fala da importância de incluir absorventes nas cestas básicas, de combater o abuso e a exploração infantil, e também ao tráfico de drogas dentro das comunidades tradicionais, e “principalmente fazer frente a esses poderosos que vêm mandando no nosso estado há muito tempo”. Ela luta na garantia do direitos das mulheres, das crianças, dos povos tradicionais e da população mais pobre.

Ela lembra da sua trajetória de formação política, na Universidade Federal do Pará desde criança, onde estuda desde que tem quatro anos de idade, onde estudou violino, curso técnico em violoncelo, foi bailarina clássica durante toda sua infância e adolescência, e, aos 17 anos, entrou no curso de Arquitetura e Urbanismo, quando começou a se organizar politicamente, se tornando presidente do Centro Acadêmico e Diretora do DCE.

“Eu gosto muito daquela frase que diz ano passado a gente morreu mas esse ano a gente não vai morrer. E se eles combinaram de nos matar, nós combinamos de não morrer. São duas frases que sintetizam o que a gente quer construir para o Brasil.”

Campanha de Mulher

Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.

A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.

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