O 23º Grito dos Excluídos levou para a Praça da Sé a população de rua do centro de São Paulo, destacando a violência policial e as constantes violações de direitos humanos perpetrados pela prefeitura.

Foto: Laio Rocha / Mídia NINJA

Os moradores de rua denunciaram a retirada de pertences e as detenções constantes.

“A situação na rua não está fácil. Muitos dos nossos já perderam suas coisas. A violência esta cada vez maior. Ontem mesmo, aqui na Sé, mais de 50 PMs e GCMs estavam aqui para prender os nossos. Aqui a realidade é cruel. Vocês em suas casas não sabem o que a gente vive. O que a Globo mostra não é verdade”, contou um dos representantes da população de rua.

Destacado defensor das pessoas da rua, o padre Júlio Lancellotti afirma que as agressões acontecem diariamente e que há um extermínio da população de rua.

“O rapa atua de maneira desumana com a população de rua. Todos os dias são retirados seus pertences com violência. A população de rua aumenta de maneira exponencial, não só em São Paulo, mas no Brasil inteiro. (…) Vamos lembrar do Ricardo, assassinado pela PM, e dos moradores de rua assassinados na Teotônio Vilela. É importante frisar que a frase do papa Francisco para os refugiados na Colômbia: “Não sou perigoso, estou em perigo”‘, pontuou o padre.

Foto: Laio Rocha / Mídia NINJA

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