Foto: Reprodução
Por Guilherme Carniell
A Zona de Interesse, de Jonathan Glazer, é uma das grandes apostas desta temporada. Ao todo, o longa já venceu o prêmio de melhor filme no Los Angeles Film Critics Awards (Lafca), foi destaque no BAFTA e outras premiações europeias, incluindo o Grande Prix no Festival de Cannes. Somente no Oscar 2024, ele está indicado em 5 categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional, Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.
Além desse breve e potente currículo, ainda separamos 5 motivos para ver a Zona de Interesse e se impactar.
- Da literatura para as telonas
O roteiro foi inspirado na novela, de mesmo nome, do britânico Martin Amis. A principal diferença da adaptação, é que Jonathan Glazer, diretor e roteirista, optou em remover a maioria dos personagens do livro e focou, apenas, na rotina e no terreno psíquico da Família Höss.
- Múltiplas câmeras de vigilância gravando tudo
A veracidade do cenário é impressionante, uma casa real, na Polônia, foi usada como set de gravações. Nela, foram instaladas diversas câmeras de vigilância com o objetivo de captar o máximo de sequências gravadas no mesmo edifício. O que trouxe uma potência na atuação do elenco que não precisava gravar e regravar a mesma cena de diferentes ângulos.
- Pet Day no set
O cachorro da família, que aparece no filme, na verdade é da atriz Sandra Hüller, que interpreta Hedwig Höss, a esposa do comandante nazista. O objetivo era deixar o cachorro mais à vontade e sem dúvida aliviava um pouco a tensão das gravações.
- Câmeras e equipe escondidas
Além da casa real, Glazer criou algumas técnicas (digamos) arquitetônicas para deixar o elenco ainda mais livre. Pelo jardim e pela casa, as câmeras foram posicionadas estrategicamente para que o elenco não soubesse de onde a cena seria gravada ou como seria o plano em questão. Isso resultou em uma credibilidade de atuação única, pelo fato do elenco precisar ficar 100% do tempo e 360º no personagem.
- Filme de uma década
Desde a concepção inicial, produção, edição e estreia, o filme levou um pouco mais de 10 anos para ser realizado. O próprio diretor conta que pensou em desistir do projeto diversas vezes por achar intenso e obscuro demais.
Bateu a curiosidade pra assistir? Lembrando que no Brasil, por enquanto, o filme está sendo transmitido apenas em salas de cinema.
Texto produzido em cobertura colaborativa da Cine NINJA – Especial Oscar 2024