Navio grego apontado pela PF pode não ser o único causador das manchas de óleo no NE
Há possibilidade de que o óleo tenha mais de uma origem, levando em consideração a quantidade de material encontrado e a extensão territorial atingida.
A Polícia Federal cumpre hoje, no Rio de Janeiro, dois mandados de busca e apreensão contra as empresas ligadas à companhia dona do navio de bandeira grega acusado de ser o responsável pelo derramamento de óleo que atinge mais de 250 praias do Nordeste brasileiro.
Segundo a PF, que alega encontrar a localização da primeira mancha, o derramamento teria ocorrido entre 28 e 29 de julho, quando a embarcação estava à 700 Km da costa brasileira, em águas internacionais.
Porém, cientistas são cautelosos e não confirmam a versão das autoridades. Há possibilidade de que o óleo tenha mais de uma origem, levando em consideração a quantidade de material encontrado e a extensão territorial atingida. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS) afirma que tinha conhecimento do vazamento de óleo deste navio, que ocorreu a cerca de 40 km do litoral do Rio Grande do Norte. A imagem analisada são de dois navios que passaram pelo local no dia 24 de julho.
As manchas de óleo, que atingem o litoral do Nordeste desde setembro, começaram a aparecer em Abrolhos/BA, mês em que as investigações começaram em ação integrada com a Marinha, Ministério Público do Brasil, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Agência Nacional do Petróleo, Universidade Federal de Brasília, Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual do Ceará.