Na ONU, Silvio Almeida condena ocupação de Israel e diz que Netanyahu pratica apartheid contra palestinos
O ministro enfatizou que o Brasil se opõe firmemente a todas as formas de antissemitismo e islamofobia, destacando a importância do respeito mútuo e da busca pela paz na região
No Conselho de Direitos Humanos da ONU, o ministro brasileiro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, fez uma forte condenação à ocupação israelense na região da Palestina. O ministro expressou sua indignação com a situação em Gaza, destacando que a criação de um Estado Palestino Livre e soberano é uma condição crucial para a paz na região.
Almeida não poupou críticas ao governo israelense dirigido pelo extremista Benjamin Netanyahu, acusando-o de praticar punição coletiva contra os palestinos, o que resultou na perda de milhares de vidas, incluindo mulheres e crianças. Ele ressaltou a necessidade da ONU reconhecer oficialmente a ilegalidade da ocupação israelense em territórios palestinos, argumentando que tais ações violam normas internacionais e os direitos humanos fundamentais.
“Nosso repúdio à flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel é inequívoco. É uma espécie de punição coletiva que já ceifou a vida de quase 30 mil palestinos, a maioria deles mulheres e crianças”, declarou o ministro durante seu discurso na reunião.
Almeida também fez referência ao artigo II da Convenção de 1948 sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, instando Israel a interromper os ataques e a cumprir integralmente com as medidas emergenciais determinadas pelo tribunal da ONU.
O ministro enfatizou que o Brasil se opõe firmemente a todas as formas de antissemitismo e islamofobia, destacando a importância do respeito mútuo e da busca pela paz na região.
O Brasil tem sido um dos países que têm expressado preocupações e buscado ativamente soluções para o conflito. Na última semana, a Agência de ONU para refugiados afirmou que o sistema hospitalar já colapsou e não há como realizar pequenas operações e atendimentos. Desde o início do conflito, mais de 30 mil mortes foram registradas, sendo a maioria de crianças e mulheres.
Em Paris, um grupo de países liderados pela França tenta construir uma proposta de cessar-fogo em Gaza, e conta com o apoio dos Estados Unidos, segundo a agência de notícias Reuters.