Por Tatiana Abreu

A delegação brasileira já soma 271 participantes – a maior delegação paralímpica convocada para uma edição fora do país. O número foi atingido nesta quinta-feira, 11, quando o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou a segunda lista de atletas convocados para as Paralimpíadas de Paris 2024. O anúncio, realizado no canal do CPB no Youtube, contou com 147 atletas de nove modalidades que representarão o Brasil de 28 de agosto a 8 de setembro.

Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados em Tóquio 2020. O recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente. Nesta edição, foram anunciados 126 atletas com deficiência, 17 guias, três calheiros da bocha e um timoneiro do remo. 

A modalidade com a maior quantidade de convocados para Paris 2024 é o atletismo, com 70 atletas e 16 guias. O esporte é também o que mais conquistou medalhas para o Brasil em Jogos Paralímpicos. Ao todo, o país já faturou 170 medalhas na história da competição somando os pódios das provas nas pistas e no campo – foram 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze. 

Dentre os atletas convocados temos o velocista paraibano Petrúcio Ferreira, que buscará o seu tricampeonato paralímpico na prova dos 100m da classe T47 (amputados de braço). A atleta cega mais rápida do mundo também é brasileira: Jerusa Geber, medalhista em três edições de Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020), a velocista é a atual recordista mundial dos 100m da classe T11 (deficiência visual). Já nas provas do campo, o Brasil terá nomes de destaque como da paulista Beth Gomes (classe F53) e da amapaense Wanna Brito (F32).

No judô, 13 atletas foram convocados para representar o Brasil em Paris. A modalidade é a terceira que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos, com 25 pódios (cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes). Dentre os selecionados está a paulista Alana Maldonado (classe J2), primeira mulher medalhista de ouro do Brasil na modalidade (em Tóquio 2020). 

Nove competidores e três calheiros foram convocados para representar a bocha. A modalidade é a quarta mais vencedora do país em Jogos, com 11 medalhas (seis ouros, uma prata e quatro bronzes). No halterofilismo, 11 atletas foram selecionados. Dentre eles, Mariana D’Andrea, mulher com baixa estatura mais forte do mundo. Medalhista de ouro em Tóquio 2020, ela é a atual recordista mundial da categoria até 79kg, com 151kg levantados no Mundial de Dubai 2023. 

O Brasil ainda contará com sete atletas e um timoneiro do remo, seis ciclistas, cinco arqueiros, dois atiradores esportivos, além de três atletas e um guia do triatlo. Os nomes restantes serão do tênis em cadeira de rodas a serem anunciados no próximo dia 18 de julho. Veja a lista completa aqui

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze). Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida nos Jogos do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, 20 pratas e 30 bronzes no Japão.