Mulher trans brasileira denuncia violência policial na Itália
No vídeo, é possível ver três policiais cercando a mulher, golpeando sua cabeça e costelas com cassetetes
Uma mulher trans brasileira, conhecida pelo pseudônimo Bruna, que foi vítima de uma brutal agressão por parte da polícia italiana em um incidente gravado em vídeo, está entrando com um processo por tortura e agressão corporal, de acordo com sua advogada.
O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, onde o crime ocorreu, confirmou que medidas disciplinares serão tomadas contra os policiais envolvidos, enquanto o Ministério Público iniciou uma investigação.
No vídeo, é possível ver três policiais cercando a mulher, golpeando sua cabeça e costelas com cassetetes e borrifando spray de pimenta em seu rosto, enquanto ela está sentada na rua, com as mãos levantadas.
A advogada da vítima, Debora Piazza, informou à AFP que Bruna foi deixada ferida dentro de uma viatura fechada por 20 minutos.
A mulher decidiu apresentar queixa por tortura e agressão corporal agravada por abuso de autoridade e discriminação por parte das autoridades, conforme afirmou Piazza. Um promotor em Milão confirmou que está investigando as alegações de violência policial contra Bruna.
Segundo Daniele Vincini, líder do sindicato de policiais SULPL, em declarações ao jornal Corriere della Sera, os policiais apenas agrediram a mulher “para contê-la”, alegando que ela estaria cuspindo sangue em seus rostos e que foram “obrigados a fazer o que podiam”.
O governo brasileiro ainda não confirmou se acompanha o caso.