
Mulher que denuncia PM por estupro relata ameaça: ‘Você vai ficar quietinha, senão eu vou te matar’
A vítima afirmou que foi algemada, agredida no rosto, xingada e ameaçada pelo cabo Gerson de Paula
A vítima afirmou que foi algemada, agredida no rosto, xingada e ameaçada pelo cabo Gerson de Paula

Policiais presos por suspeita de estupro passaram a noite no Batalhão Prisional da Polícia Militar — Foto: Reprodução/TV Globo
Uma jovem de 18 anos que acusa um policial militar de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, de estupro, relatou que foi ameaçada durante o crime. Segundo a vítima, o suspeito teria feito ameaças dizendo: “Eu vou te co***, você vai ficar quieta, senão eu vou te matar e sua amiga vai ser presa.” O RJ1 teve acesso aos depoimentos de três policiais militares envolvidos no caso, que foram presos após uma operação da Corregedoria da PM sob acusação de estupro.
De acordo com a vítima, ela e sua amiga foram abordadas em um bar pelos cabos Gerson de Paula e Alexsander Moreira Simas, que as colocaram na viatura e as levaram primeiro para o departamento de policiamento ostensivo da PM em Saquarema e depois para um local deserto, sendo acompanhados por um segundo veículo com os outros dois policiais militares.
A vítima afirmou que foi algemada, agredida no rosto, xingada e ameaçada pelo cabo Gerson de Paula, que a obrigou a manter silêncio sob ameaça de morte e da prisão de sua amiga.
Segundo o depoimento da vítima, o estupro durou cerca de vinte minutos e o cabo de Paula teria consumido cocaína na viatura antes de cometer o crime. Quando outro policial se aproximou, o suspeito teria dito: “você não perde essa mania.”
As duas mulheres foram deixadas no local onde foram abordadas, sem terem sido levadas à delegacia. Além do cabo Gerson de Paula, Alexsander Moreira Simas, Sainclair Marinho Antunes Corecha e Diogo Viana Lourenço também foram presos pela Corregedoria da PM, acusados de não terem feito nada para evitar o abuso.