MST: Direitos Humanos contra violência e ataques
Fotos: Isabelle Medeiros / Mídia NINJA Ontem, 11, em Campo do Meio/MG ocorreu o Ato em Defesa dos Direitos Humanos e da ‘desapropriação’ definitiva de um conflito que ocorre há 20 anos. Nesta última semana o dirigente do Movimento dos Trabalhadores rurais Sem Terra Sílvio Netto passou por uma tentativa de sequestro por jagunços contratados […]
Fotos: Isabelle Medeiros / Mídia NINJA
Ontem, 11, em Campo do Meio/MG ocorreu o Ato em Defesa dos Direitos Humanos e da ‘desapropriação’ definitiva de um conflito que ocorre há 20 anos. Nesta última semana o dirigente do Movimento dos Trabalhadores rurais Sem Terra Sílvio Netto passou por uma tentativa de sequestro por jagunços contratados para matá-lo, o que não aconteceu pela movimentação na estrada onde se encontrava. A região de Ariadnópolis, onde fica um acampamento do Movimento e é assegurado pela Justiça de Minas Gerais a permanência das famílias por ao menos 10 anos no local, tem passado por violências e ataques como essa tentativa de atentado ao companheiro Silvinho, como é conhecido. Barracos queimados, tiros disparados contra o acampamento e ameaças aos agricultores e agricultoras do MST são algumas das ações realizadas contra as pessoas que só buscam o direito de ter sua terra, em um país que é o segundo no mundo em concentração de propriedade da terra.
A luta pela terra retorna a uma disputa que custa vidas, o que não pode passar impune. Histórias mentirosas são criadas e publicadas, em clara tentativa de enfraquecimento e criminalização do Movimento, sob queixas vagas. Assim, o MST decidiu ir às ruas, dialogar publicamente com a população mostrando que segue na luta por justiça, direitos e contra qualquer manifestação de violência. O conflito na região da Usina de Ariadnópolis se extende há duas décadas, e os trabalhadores e trabalhadoras rurais, desta vez, tem a justiça mineira ao seu lado.
A ação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra uniu diversas frentes organizadas no Sul de Minas, e marcaram presença organizações que compõe a Frente Brasil Popular, prefeitos da região Sul Mineira, vereadores do município, lideranças do DCE da UNIFAL.MG e da UFLA, Levante Popular da Juventude, Coletivo Quilombo de Minas Gerais, CPT, MLB, ADERE, MAB, SindUTE entre tantos outros.
O recado que fica é claro: O MST é forte por si mesmo e ainda assim não está sozinho, mexeu com ele mexeu comigo.
Nenhuma morte a mais no campo!
Pátria Livre! Venceremos!