Ministro do Meio Ambiente e embaixadores admitem hipótese de fim do Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia apoia atualmente 103 projetos, orçados em cerca de R$ 1,87 bilhão, tendo como principal objetivo a redução de emissões de carbono resultantes de desmatamento.
O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles admitiu hoje a possibilidade de extinção do Fundo Amazônia.
Mantido com doações dos governos da Alemanha e Nouruega, o fundo foi criado em 2008, é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e os recursos são usados em projetos voltados para a redução do desmatamento.
Com base nas contradições e incertezas em torno do futuro do programa, o governo alemão anunciou reter uma nova doação de 35 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 151 milhões para o Fundo Amazônia, até que o governo Bolsonaro anuncie, claramente, o que pretende fazer com o principal programa de combate ao desmatamento do país. Já o governo norueguês também deu sinais de insatisfações mas está disposto a dar continuidade às doações desde que o governo brasileiro garanta que os recursos continuarão a ser utilizados para financiar ações de combate ao desmatamento e ao uso sustentável da floresta.
Essa semana também foi divulgada pesquisa do Inpe apontando o aumento de 88% do desmatamento na Amazônia em junho deste ano em relação ao mesmo período de 2018.
O fundo é o maior projeto de cooperação internacional para preservar a floresta amazônica. Em dez anos, recebeu US$ 1,3 bilhão (R$ 5 bilhões) dos dois países em doações — US$ 1,2 bilhão desse dinheiro veio da Noruega. O dinheiro, gerido pelo BNDES, é repassado a estados, municípios, universidades e ONGs.