Ministério Público do TCU pede suspensão de salário de R$ 41 mil de Bolsonaro
Caso o TCU entenda que não tem competência para julgar o pedido, o caso deverá ser enviado ao Tribunal Superior Eleitoral
Caso o TCU entenda que não tem competência para julgar o pedido, o caso deverá ser enviado ao Tribunal Superior Eleitoral
O subprocurador-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, enviou uma representação solicitando uma investigação sobre o pagamento mensal realizado pelo Partido Liberal (PL) ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o Ministério Público, recursos públicos utilizados para remunerar uma pessoa condenada pelo Poder Judiciário constitui uma violação direta do princípio da moralidade administrativa.
No documento, Furtado destaca que a estrutura de um partido político está sendo utilizada para remunerar alguém que foi considerado inelegível pela mais alta instância da Justiça Eleitoral. No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível por oito anos devido a abuso de poder. A defesa do ex-presidente já anunciou que irá recorrer da decisão.
Desde que Bolsonaro deixou a Presidência, o PL tem pago uma remuneração mensal de R$ 41,6 mil a ele pelo cargo de presidente de honra do partido. O subprocurador-geral solicita que o TCU apure inicialmente a possível irregularidade nesse pagamento e, se confirmada, que a remuneração seja suspensa.
Caso o TCU entenda que não tem competência para julgar o pedido, o caso deverá ser enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, que pode decidir pela cassação dos direitos políticos de Bolsonaro.
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