Mídia NINJA participa de projeto jornalístico investigativo internacional sobre povos indígenas e crise climática
Um projeto internacional inédito do TBIJ revela preocupações globais com violações de direitos, ameaças crescentes e mudanças climáticas catastróficas.
A Mídia NINJA é uma das parceiras internacionais do projeto jornalístico investigativo “100 Indigenous Voices”, realizado pelo The Bureau of Investigative Journalism (TBIJ), coletivo de jornalistas do Reino Unido dedicado ao jornalismo público independente e de interesse global, com foco em pautas climáticas.
O projeto, lançado hoje, ouviu 100 pessoas indígenas de sete países com as maiores florestas tropicais do planeta — Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela, República Democrática do Congo e Indonésia — para compreender como a crise climática e as violações de direitos impactam suas vidas e territórios.
No Brasil, a equipe da Mídia NINJA conduziu entrevistas com Oé Kayapó, Mari Wapixana e Ingrid Sateré Mawé, trazendo vozes de diferentes regiões da Amazônia sobre o avanço do garimpo ilegal, a contaminação por mercúrio e as ameaças constantes a defensores da floresta.
Com a COP30 marcada para novembro de 2025 no Brasil, as perspectivas foram diversas. Diversos entrevistados destacaram a presença de forças “anti-indígenas” no Congresso Nacional, ao mesmo tempo em que reconheceram os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a nomeação histórica de Sônia Guajajara como ministra dos Povos Indígenas — uma conquista que trouxe sentimento de esperança e empoderamento.
O levantamento aponta que, na última década, a situação piorou na maioria dos países: aumentaram a violência, a perda de acesso a alimentos e água, e os impactos das mudanças climáticas se tornaram mais severos. Ao mesmo tempo, ressalta-se o papel essencial dos povos indígenas na proteção das florestas e na busca por soluções reais para a crise ambiental.
A participação da Mídia NINJA reforça seu compromisso com o jornalismo colaborativo e com a amplificação das vozes dos povos da floresta, conectando as lutas locais da Amazônia às pautas globais que estarão no centro da COP30, em Belém.



