A realidade por trás do financiamento da campanha de Pablo Marçal revela uma dependência alarmante de grandes empresários e bilionários.

Entre os principais doadores estão Helvio Paulo Ferro Filho e Helio Seibel, ambos com históricos e patrimônios significativos. Ferro Filho, um bilionário envolvido em doações para campanhas como a de Jair Bolsonaro, foi preso em flagrante em 2022 com uma arma ilegal.

Embora tenha se declarado culpado e o caso tenha sido encerrado por um acordo com o Ministério Público, o episódio levanta questões sobre os financiadores da campanha de Marçal. Helio Seibel, que controla o Grupo Ligna e possui um patrimônio estimado em R$ 2,5 bilhões, doou R$ 100 mil para Marçal. Seus investimentos incluem setores como marcenaria, papel e até mesmo grandes redes de varejo, demonstrando uma influência significativa no mercado e, por extensão, na política.

O contraste é gritante quando se observa a composição das doações para a campanha de Marçal. Embora uma grande quantidade de contribuições venha de pequenos doadores, com mais de seis mil pessoas enviando quantias inferiores a R$ 1.000 via Pix, essas microdoações representam menos de 2,2% do total arrecadado.

A realidade de um financiamento massivo por grandes investidores destaca uma estratégia de campanha que, em vez de refletir uma base popular ampla, é sustentada por poucos e poderosos.

Em comparação, outros candidatos como Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) também têm recebido contribuições significativas, mas seus perfis de doadores e valores arrecadados não refletem o mesmo nível de influência bilionária observado na campanha de Marçal.