Menino de 11 anos é baleado no peito por policial que ele mesmo chamou
Aderrien ligou para o serviço de emergência 911 em busca de ajuda. Porém, levou um tiro de um policial
Aderrien Murry, um menino de 11 anos do Mississippi, nos Estados Unidos, está se recuperando depois de ser baleado por um policial, em um episódio que gerou indignação e reforçou a necessidade de repensar o uso de armas de fogo.
No sábado (20) de manhã, Aderrien ligou para o serviço de emergência 911 em busca de ajuda. Porém, o que deveria ter sido um pedido de socorro acabou em tragédia quando um oficial do Departamento de Polícia de Indianola respondeu à chamada de distúrbio doméstico na casa do menino.
Segundo relatos de sua mãe, Nakala Murry, a situação escalou rapidamente. O companheiro dela chegou furioso por volta das 4h, deixando Murry preocupada com a segurança de sua família. Com medo, ela instruiu Aderrien a chamar a polícia.
No entanto, ao chegar à residência, o policial entrou com a arma apontada para a porta da frente, ordenando que todos dentro da casa saíssem. Em um momento de puro terror, Aderrien foi baleado no peito ao virar a esquina de um corredor e entrar na sala de estar.
O impacto do tiroteio foi devastador para o menino. Ele teve que passar por uma cirurgia para a inserção de um tubo torácico e foi conectado a um ventilador no Centro Médico da Universidade do Mississippi, em Jackson. As lesões incluíram colapso pulmonar, costelas fraturadas e um fígado dilacerado. Felizmente, após alguns dias de luta, Aderrien recebeu alta hospitalar na última quarta-feira (24).
A violência que esse incidente revelou acendeu um alerta sobre o uso de armas de fogo. A família de Aderrien, assim como muitos outros ao redor do país, está exigindo justiça. Eles pedem que o policial envolvido seja demitido e responsabilizado criminalmente pelo ato violento que feriu um menino inocente.
Esse trágico episódio serve como um lembrete contundente de que é necessário repensar as políticas de armas e promover um debate sério sobre a segurança pública, nos Estados Unidos e no Brasil. Aderrien, uma criança de apenas 11 anos, tornou-se mais uma vítima de uma cultura de violência armada que precisa ser abordada de forma urgente e eficaz, e que atinge duramente a população negra.