Menina de 12 anos é estuprada e morta por garimpeiros; criança de 4 anos está desaparecida
Presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena mandou ofício para a Polícia Federal, Funai e Procuradoria da República
Notícias de abusos sexuais e mortes de crianças e adolescentes na Terra Indígena Yanomami se multiplicam sob a negligência do governo federal que continua permitindo que grupos criminosos e milícias permaneçam na TI.
Em ofício encaminhado à PF e Funai, dentre outros, o Conselho Distrital de Saúde Indígena DSEI Yanomami denunciou a morte de uma menina de 12 anos. Segundo o presidente do Conselho, Junior Hekurari, ele recebeu uma ligação às 20h de segunda-feira (25) que relatava que a adolescente havia sido estuprada e morta por garimpeiros na região de Waikás.
Os garimpeiros invadiram a comunidade Arakaca levando a menina e uma criança de 4 anos para um barco onde ela foi violentada até à morte. E a criança pequena caiu do barco sem que fosse salva. Ela está desaparecida. Nesta manhã, Júnior Hekurari seguiu para a comunidade.
O ofício pede providências do governo. Foi encaminhado ao coordenador Distrital de Saúde Indígena, Ramsés da Silva Almeida; ao secretário Especial de Saúde Indígena, Reginaldo Ramos; ao presidente da Funai, Marcelo Xavier; ao superintendente da PF, José Roberto Peres e ao procurador da República, Alisson Marugal.
Confira o ofício na íntegra
Na noite de segunda-feira (25), Júnior Hekurari se pronunciou sobre o caso:
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